Estranho esta sensação que cai sobre o meu peito
Onde nunca me perco, mas onde muito raras são as vezes em
que me encontro
É impossível aceitar a possibilidade de simplesmente assim
existir
Não me permito viver ao extremo…Ao extremo nem da alegria,
nem tão pouco da tristeza.
Parece que de repente tudo é mais ou menos, tudo é um tanto faz,
um pode ser ou um qualquer coisa dá… e porquê? Porque nada parece, de facto, poder tocar-me, fazer-me vibrar, rir ou chorar.
Vivo na passividade de mim mesma, sufocado qualquer sopro de muito bom ou de muito mau.
Na passividade, sim eu vivo… na tranquilidade às vezes sim, outras mais ou menos e outras
ainda nem por isso.
Fiz uma pausa nas sensações, nos sentimentos, mas também nos medos, nos receios, no
lamentos e nos murmúrios da dor e até mesmo da saudade…
Não me sinto verdadeiramente viva, mas muito menos me sinto morta
Sinto que quero viver, mas o quê eu não sei. Sinto que quero sonhar, mas o quê eu não sei. Sinto
que quero acreditar mas o quê eu não sei. Sinto que quero procurar, mas o quê eu também não
sei.
E por isso volto a dizer…Vivo na passividade de mim mesma, sufocando qualquer sopro de
muito bom ou muito mau…
Kiss kiss